29.2.12

Carmen Souza em Alcobaça



Pré-nomeada para os Grammy Awards em 2010, na categoria de melhor álbum de World Music contemporânea, e aclamada pela crítica nacional e internacional, Carmen Souza, cantora e compositora de origem cabo-verdiana, distingue-se pela forma única, apaixonante e expressiva como canta e pela audácia de combinar sonoridades tradicionais da música dessas ilhas atlânticas, com os tons experimentais do Jazz sempre com muita alma. Se há modernidade na música crioula, essa começa em Carmen Souza.
Talentosa e incansável, Carmen Souza editou em Fevereiro o CD London Acoustic Set, em duo com o baixista, músico e compositor Theo Pas'cal.
Poderemos agora vê-los ao vivo, no Cine-Teatro de Alcobaça, no dia 10 de Março, sábado, pelas 21:30 horas. Bilhetes a 7.5€.
Vamos?

17.2.12

O Cerco a Leningrado



O Cerco a Leningrado, de José Sanchis Sinisterra, vai estar em cena no Centro Cultural e Congressos de Caldas da Rainha, nos dias 24 e 25 de Fevereiro.
Encenada por Celso Cleto, a peça - a mais conceituada obra do dramaturgo espanhol - é uma homenagem aos profissionais de teatro e marca a comemoração, em palco, dos 70 anos de carreira de Eunice Muñoz. A actriz, que contracena aqui com Maria José Paschoal, estreou-se em 1941 no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.
Parece-me uma boa oportunidade de ver trabalhar uma atriz cujo profissionalismo e talento reúnem consenso geral.


Acrescento que o preço dos bilhetes oscila entre os 10€ e os 15€  e também há descontos para grupos.
Vamos?

9.2.12

Somos todos Gregos


“O nosso [dos europeus] legado ontológico é, como Heidegger insistiu, o do questionamento. E por vezes tão enigmáticos como os números primos que se prolongam até ao desconhecido, os três acta cardinais combinam-se. A matemática habita a música, há uma magia tanto de cadência como de sequência axiomática na grande filosofia. Como alguns místicos e lógicos, como Leibniz, intuíram, quando Deus fala consigo próprio, canta álgebra.
Já aqui o papel fundamental de Hellas é evidente. Três mitos, que se contam entre os mais antigos da nossa cultura, falam das origens e do mistério da música. O que surpreende é a percepção na Grécia arcaica, através das histórias de Orfeu, das Sereias e do desafio mortal de Apolo e Mársias, dos elementos na música para além da humanidade racional, do poder da música para enlouquecer e destruir. A nossa matemática tem sido «grega», pelo menos até à proposta da geometria não-euclidiana e à crise da axiomática implícita na Demonstração de Gödel de incoerência. Pensar, sonhar matematicamente é seguir as pegadas de Euclides e Arquimedes, seguir as primeiras conjecturas relativamente à insolubilidade paradoxal de Zenão. Platão ordenou que não entrasse na sua academia nenhum homem que não fosse geómetra. Todavia, ele próprio dirigiu o intelecto ocidental rumo a questões universais de sentido, moral, direito e política. Como A. N. Whitehead afirmou celebremente, a filosofia ocidental é uma nota de rodapé a Platão e, poder-se-ia acrescentar, a Aristóteles e Plotino, a Parménides e Heraclito. O ideal socrático da vida reflectida, a demanda platónica de certezas transcendentes, as investigações aristotélicas das relações problemáticas existentes entre a palavra e o mundo, estabeleceram a via tomada por Tomás de Aquino e Descartes, por Kant e Heidegger. Assim, estes três notáveis dignitários do intelecto humano e da formação da sensibilidade – música, matemática, metafísica – subscreveram a afirmação de Shelley de que «somos todos gregos». Mas a herança de Atenas estende-se até muito mais longe. O vocabulário das nossas teorias e dos nossos conflitos políticos e sociais, do nosso atletismo e da nossa arquitectura, dos nossos modelos estéticos e das nossas ciências naturais permanece saturada de raízes gregas, em ambos os sentidos da palavra. «Física», «genética», «biologia», «astronomia», «geologia», «zoologia», «antropologia» são palavras derivadas directamente do grego clássico. Por seu lado, os nomes trazem consigo, tal como a própria «lógica», uma visão específica, uma cartografia particular da realidade e dos seus amplos horizontes.”

George Steiner, A Ideia de Europa,2005, trad. Mª de Fátima St. Aubyn, Ed. Gradiva, pp.38-39

2.2.12

Semana Cultural - ECB 2012




Vai decorrer entre os dias 19 e 23 de março a Semana Cultural do ECB/2012, durante a qual se vão realizar atividades no âmbito das diversas disciplinas e dos projetos em curso no presente ano letivo. Alguns eventos destinam-se também aos alunos do agrupamento de escolas da Benedita, como a apresentação de jogos didáticos e dramatizações e outros estão abertos a toda a comunidade, nomeadamente, as exposições, das quais destacamos a dos alunos de Artes, com visitas guiadas pelos alunos.
No dia 22 de março, pelas 17h 15m, terá lugar, no CCGS, mais um Café Literário, em torno do livro Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares e para o qual estão, desde já, convidados todos os interessados.

1.2.12

O amor aos livros



The fantastic Flying books of Mr. Morris Lessmore é uma inspirada animação sobre o amor aos livros, com referências a Buster Keaton e ao Feiticeiro de Oz. Embora usando já as mais modernas técnicas de animação é, simultaneamente, uma homenagem ao antigo filme mudo e aos anos de ouro do cinema musical americano.
Visita a Biblioteca do ECB. Há ali milhares de histórias que podes viver... lendo.