21.3.13

Into the Wild, into the minds


         Recentemente, na aula de Filosofia vimos e analisamos, um filme inebriante e inspirador, Into The Wild. Realizado por Sean Penn, é a interpretação cinematográfica da aventura de Christopher McCandless que, com 22 anos, sente que vive uma falsidade encenada pela sua família, sendo o seu pai bígamo e a sua mãe conivente, ambos um pouco superficiais, contrastando com Christopher, que vivia alimentando o intelecto dispensando o materialismo, futilidade, hipocrisia e modo de vida consumista. A sua identidade não está ainda definida e é no âmbito da procura de si mesmo, do âmago da felicidade e da autenticidade pessoal que parte para uma aventura, rumo ao Alasca. É nesta viagem que o filme se centra.
            Ao longo dos dois anos de aventura, o protagonista assume-se como naturalista radical e adota o nome de "Alex Supertramp", Alex Vagabundo. A sua posição relativamente à felicidade é clarificada quando, no leito da sua própria morte por inanição e no auge da sua consciência, Christopher se liberta dos seus dogmas e, ao imaginar-se nos braços da família, reavalia a sua vida e concluí que a felicidade só é verdadeira quando é partilhada.
           O filme propõe reflexão, na qual se evidenciam vários problemas filosóficos. Questões como as relações afetivas, identidade, sentido da vida, verdade, egoísmo psicológico, livre-arbítrio, sociedade e felicidade, são algumas delas e são matéria exigente do espírito e pensamento livre de dogmas, mantendo-se atuais.
            Este é um filme muito bem construído e especial, desde a narrativa em retrospetiva bem elaborada e conseguida, passando pela banda sonora – criada por Eddie Vedder e interligada com a ação em si -, enriquecendo-se com as excelentes captações da natureza com que o espectador é presenteado, percorrendo o excelente trabalho do elenco - particularmente a excelente “encarnação” de Christopher, pela parte de Hemile Hirsch - passando pela carga emotiva incutida nas cenas e pela contextualização de citações clássicas que contribuem em muito para a reflexão pessoal e, enriquecimento cultural. A história em si, é deveras comovente. Concluindo, este foi o filme mais espetacular que já vi, pois observando a descoberta de Christopher, o conhecimento de si mesmo e do mundo, procuramo-nos também a nós próprios e conhecer o nosso interior é aprender a exterioriza-lo e, assim, viver.
            Beatriz Lourenço 10.º E

20.3.13

Seremos Livres?

 
Kazimir Malevich (1878-1935), Pressentimento Complexo
 
        A liberdade que temos ou não relativamente às nossas escolhas levanta fortes dúvidas. Os conhecimentos que temos da Natureza levam-nos a acreditar que vivemos num Universo determinista, em que tudo está determinado, quer pelas Leis da Natureza, quer por acontecimentos anteriores. Mas surgem factos e teorias que nos levam a acreditar que a questão não é assim tão simples e clara. É assim que surge o problema do livre-arbítrio: seremos nós seres livres com total responsabilidade para escolher o que julgamos ser melhor para nós? Este é o problema metafísico de saber se temos ou não livre-arbítrio. Ao longo da História, este assunto foi abordado a par da noção de pecado, no entanto, este problema mantém-se atual: os conhecimentos que vamos adquirindo nas ciências levam-nos a questionarmo-nos quanto à origem das nossas ações.
 
            Todos os acontecimentos são condicionados por diversos fatores que os influenciam, sejam eles de ordem sociocultural, psicológica ou fisiológica. No entanto, isto não é suficiente para nos levar a aceitar o Determinismo radical, posição segundo a qual não há livre-arbítrio e tudo está determinado. É imperativo não confundir determinismo com fatalismo. Enquanto o determinismo defende que se tomarmos determinada atitude as consequências desta não são possíveis de alterar, o fatalismo defende que mesmo mudando as cadeias causais nada do que possamos fazer terá efeito nas atitudes que iremos tomar. O argumento que sustenta o determinismo radical tem como primeira premissa: ‘se o determinismo é verdadeiro, não há livre-arbítrio.’ A segunda premissa afirma o determinismo como verdadeiro, pelo que conclui que o livre-arbítrio é uma ilusão. Este argumento mostra-nos que o livre-arbítrio só seria possível se pudéssemos agir de maneira diferente perante as mesmas condições e a mesma cadeia causal, ou seja, pudéssemos escolher não concretizar alguma situação quando todos os acontecimentos propiciassem a que tal acontecesse. Não é plausível que tal possa acontecer, pois no nosso quotidiano pressupomos que perante determinada causa surja determinado efeito, as Ciências Naturais comprovam isso mesmo. O determinista pode concluir que o livre-arbítrio é uma ilusão uma vez que todas as decisões que sentimos tomar surgem de condições que não pudemos controlar.
 
            No entanto, a responsabilidade moral pode ser um impedimento à aceitação desta posição determinista, pois se tudo estivesse à partida determinado não haveria legitimidade para condenar e castigar quem efetuasse qualquer infração ou crime. Neste caso, se considerássemos que os crimes estavam designados para acontecer teríamos de considerar que também as condenações estavam determinadas, o que retira utilidade às Forças de Segurança. Podemos no entanto defender que, independentemente da responsabilidade moral que os criminosos tenham ou não, terão de ser castigados, de modo a dar o exemplo e a evitar que outros cometam o mesmo crime, dissuadindo-os e prevenindo situações futuras. No entanto, há outro problema, quando agimos já estamos a manifestar a nossa vontade, ao aceitarmos que não somos responsáveis pelas nossas atitudes perdemos o sentido de viver e de participar ativa e criticamente na sociedade.
 
            Ao contrário do Determinismo radical, um Libertista defende que nem todos os acontecimentos estão determinados e que temos liberdade para efetuar as nossas escolhas após um período de ponderação e que essas escolhas serão da nossa responsabilidade, pois podíamos ter escolhido outra opção. O argumento principal propõe que ‘se há livre-arbítrio, o determinismo é falso.’ Afirma o livre arbítrio, o que nos conduz à conclusão de que o determinismo é falso. Só temos livre-arbítrio se pudermos tomar decisões sem que os acontecimentos passados interfiram com elas. O argumento que defende que vivemos num Mundo determinista não invalida a teoria apoiada pelos libertistas, uma vez que as ciências onde se verifica sempre o par causa-efeito são naturais e não conseguem prever a psicologia humana. Uma ação livre não pode ser apenas a continuação de uma enorme cadeia causal, pois aí aceitaríamos o Determinismo radical, tem de desenvolver a sua própria cadeia estando sobre o controlo do agente.
            Mas também esta teoria tem problemas: mesmo que as ações efetuadas não tenham sido baseadas em acontecimentos anteriores tiveram alguma influência de desejos ou crenças do agente, pois caso isso não acontecesse teriam sido aleatórias, e ambas as situações negam o Libertismo. É objetivo dos libertistas encontrar então pelo menos um ato sem influências de cadeias causais anteriores e que não tenha sido um acaso, mas esse é o seu maior desafio.
 
            Há uma terceira resposta, designada Determinismo moderado. Esta compatibiliza o Mundo físico determinado pelas Leis da Natureza com a oportunidade de arbitrarmos algumas situações da nossa vida. O Determinismo moderado admite assim uma forma mais fraca de livre-arbítrio, com a justificação de que, apesar das cadeias causais que coordenam as nossas ações, é possível tomar ou não certas decisões, tornando-nos responsáveis por elas. Esta teoria reformula, também, os conceitos de causa e de liberdade: somos livres para escolher caso as nossas motivações não tenham sido originadas por coações ou outro tipo de controlo de outrem sobre nós. Podemos justificar esta posição do seguinte modo: ‘As nossas ações são livres se resultam do que queremos.’ (premissa 1). A segunda premissa explicita o facto das causas (crenças e desejos) não serem determinantes, mas serem sim, meras inclinações, sendo assim possível concluir que podemos compatibilizar o determinismo (causas) com o livre-arbítrio (escolhas livres).
 
            Também esta resposta não está isenta de problemas: podemos defender que constrangimentos e inclinações são o mesmo, comparando a teoria compatibilista com o Determinismo radical, apenas apresentando uma única diferença relevante: o apoiante do Determinismo radical aceita estar a ser influenciado por coações ou acontecimentos anteriores, enquanto o Determinista moderado recusa o conhecimento dessas situações e justifica que as suas crenças e desejos não podem servir como justificação para coisa alguma. Há ainda outra objeção, por exemplo, John Searle, mostra-nos que é impossível agir sem pressupor o livre-arbítrio radical e até que, se recorrermos ao exemplo da física e da química, tudo pode ser causalmente explicado. O filósofo pretende expor a sua ideia de que esta forma de Determinismo ainda não assenta em argumentos suficientemente plausíveis para resolver o conflito entre o determinismo e o livre-arbítrio. Contudo, esta é a teoria que melhor soluciona o problema do livre-arbítrio. É evidente que o passado influencia algumas decisões que tomamos, pois caso isso não acontecesse todos os nossos atos seriam isolados e não fariam sentido na complexidade dos nossos dias. No entanto, considero que nenhuma das posições estudadas é totalmente satisfatória.
 Inês Couto 10.º D
Referência:
ALMEIDA, Aires; TEIXEIRA, Célia; MURCHO, Desidério; MATEUS, Paula; GALVÃO, Pedro; A Arte de Pensar, Filosofia 10º ano; Lisboa; 2010; Didáctica Editora
 

Celebração do Dia Mundial da Filosofia


 Jacques - Louis David (1748-1825), A morte de Sócrates
 

     No dia 15 de novembro celebrou-se mais um Dia Internacional da Filosofia, instituído pela Unesco desde 2002. À semelhança de outros anos, o grupo de Filosofia, assinalou este dia com a análise e discussão de um excerto de Críton, de Platão. O tema proposto pela Unesco, este ano foi “as gerações futuras”, que se enquadra perfeitamente no “clima de incerteza” que se vive atualmente.
Inspirando-nos em James Rachels, Os Problemas da Filosofia, propusemos aos alunos uma reflexão sobre os direitos e deveres de cidadania. Assim, A partir dos argumentos de Sócrates, baseados no dever de respeitar as leis, no dever de obediência ao Estado e no dever de cumprir os contratos, questionamos:
Devemos obedecer sempre ao Estado? Desobedecer excecionalmente a uma lei injusta implicará a destruição do Estado? A nossa vida é comparável à sobrevivência do Estado? Não haverá situações em que surgem dúvidas razoáveis quanto à legitimidade das leis? Se o Estado condena injustamente, será que ainda podemos falar de quebra de contrato? Deveria Sócrates aceitar a pena de morte, ainda que injusta, ou fugir da cidade? Quais as consequências que daí adviriam? Não poderia Sócrates fugir e tentar provar depois a sua inocência à semelhança da personagem Dr. Richard Kimble em O Fugitivo?
Eis duas respostas diferentes:

Sócrates devia recusar a condenação injusta
 Será que vale a pena morrer para salvar a nossa honra, ou a vida é mais importante mesmo que a nossa honra seja posta em causa? Esta é uma questão que envolve a nossa dignidade. Se aceitarmos morrer para salvar a honra, salvamos a nossa dignidade, mas não valerá de muito, pois o que importa a dignidade se estivermos mortos? Se escolhermos viver, pelo menos poderemos desfrutar da vida. Por outro lado, a dignidade pode ser mais importante que a vida, pois é a forma como vivemos e morremos que é recordada pelas pessoas que nos conhecem. Esta é sem dúvida uma questão importante.
Na Grécia antiga, a dignidade e a honra eram qualidades humanas muito importantes mais valiosas que a própria vida. Sócrates, injustamente condenado à morte, tinha duas hipóteses: aceitar a sentença de morte ou sair da sua cidade, Antenas. Se Sócrates saísse da cidade, iria contra os seus princípios e comprometeria o futuro da sua família, que seria com ele ostracizada. Se aceitasse a pena, podia salvar a sua honra e a da sua família. Hoje em dia, a honra e a dignidade já não significam tanto para as pessoas como significavam no tempo de Sócrates. Por exemplo, muito poucas pessoas teriam a coragem de enfrentar a morte, apenas para não serem ostracizadas.
No diálogo Críton, Sócrates apresenta vários argumentos contra a sua fuga da cidade. O primeiro é que ele deve obedecer à lei, porque desobedecer-lhes é destruí-las; tal como devemos obediência aos nossos pais, também devemos obedecer às leis, que nos fazem “nascer” cidadãos. Além disso, Sócrates, não contestando a lei e vivendo na cidade, aceitou implicitamente o contrato social, que seria violado caso ele não aceitasse a pena a que tinha sido condenado. Não respeitar os contratos leva também à destruição das leis e do Estado.
Os argumentos parecem convincentes, mas pergunto-me: valerá a pena morrer para não desrespeitar as leis? Será que as leis valem mais do que a nossa própria vida? Eu penso que não e acho que Sócrates devia sair da cidade. A vida é muito valiosa, porque não sabemos se teremos a oportunidade de viver outra, por isso, quanto mais tempo vivermos, melhor. Se isso significar a infração de alguma lei, que seja, todos os dias há infrações e uma infração pontual não destrói a lei nem o Estado. Além disso, nenhuma lei pode ser mais importante que as pessoas. No lugar de Sócrates, nunca aceitaria uma condenação injusta. É por isso que o admiro, pela sua bravura e coragem.
Bruno Tereso,10.º D 
Sócrates agiu bem aceitando a pena de morte com dignidade
 
Em diversas situações a dúvida recai sobre nós: deparamo-nos com problemas em função dos quais somos obrigados a fazer escolhas. Escolhas essas que podem ajudar-nos ou prejudicar-nos apenas em determinada situação ou, por outro lado, escolhas que podem influenciar toda a nossa vida. Sobre Sócrates abateu-se a dúvida sobre se deveria fugir da prisão ou aceitar a sentença que lhe havia sido destinada, ainda que injusta. Apesar de, atualmente, a pena de morte já não existir no nosso país, os dilemas continuam a ser os mesmos: obedecer ao que é decretado pelos Tribunais? Ou tentar defraudar essas decisões e viver como se nada de mal tivesse sido feito? Não falemos apenas de situações extremas como a de Sócrates: em pequenas coisas, fuga aos impostos, falta de pagamento de uma multa, … estamos já a fugir às legislações e a contribuir para que outros pensem fazer o mesmo, o que levará a um ciclo vicioso em que nos tentamos enganar uns aos outros e ao Estado. Como cidadãos que somos, é nosso dever respeitar as leis e aqueles que as regem.
 
 E sobre leis assenta também o problema de Sócrates. Após refletir sobre qual a decisão mais acertada a tomar, ouviu a opinião de Críton que o aconselhou a fugir da cadeia, ao qual Sócrates responde, invocando as Leis e apresentando diversos argumentos. Refere a importância e o dever cívico de obedecer às leis, pois caso isso não acontecesse, na sua opinião, o Estado destruir-se-ia. Referiu-se ainda à analogia entre os pais e o Estado: se temos o dever de obedecer a uns, não teremos também o dever de obedecer ao outro? Como terceiro argumento, invoca o contrato tácito implícito e a importância de obedecer a qualquer contrato: se usufruímos dos benefícios do Estado, temos para com ele uma obrigação de respeito das leis e de todos os contratos.
No entanto, estes argumentos merecem uma análise quanto à sua validade: será que desobedecer excecionalmente a uma lei destruirá o Estado? A desobediência de uma pessoa a uma lei não provocará nenhum impacto de maior, mas, se várias pessoas procederem do mesmo modo, isso poderá trazer consequências negativas para todos os cidadãos. Quanto ao segundo argumento, podemos questionar se devemos mesmo aceitar tudo o que nos é proposto pelo Estado. Mesmo com os nossos pais, temos a obrigação de ser críticos e chegar a um acordo que não seja injusto e satisfaça as duas partes; então, se é feita uma comparação entre o Estado e os nossos pais, a mesma situação deve acontecer: não devemos aceitar cegamente tudo o que nos é comunicado, mas avaliar a veracidade e a lógica de cada lei e, só depois, recorrer aos meios legais para contestar e procurar uma reavaliação daquilo com que não concordamos. Recorrendo a um dos ensinamentos do filósofo já anteriormente referido, Sócrates, percebemos que devemos ser críticos em qualquer situação, nunca desrespeitando os outros, mas procurando expor a nossa opinião de modo fundamentado. Relativamente ao acordo tácito que, supostamente fizemos com o Estado, é importante referir que, se o órgão de justiça não julgar de modo correto, não podemos falar de desobediência civil, pois já não houve um exemplo positivo por parte do primeiro. Com este exemplo, podemos mostrar que o contrato tácito não está a salvo de quebras.
Após refletir sobre os benefícios e os malefícios de fugir da prisão, Sócrates concluiu que ao fugir iria prejudicar a sua família e os seus amigos (uma das leis da Grécia Antiga implicava os direitos de cidadania da família e amigos de alguém que desrespeitasse uma lei) e preferiu morrer com dignidade, a viver escondido, envergonhando-se das suas atitudes. Na minha opinião, o filósofo tomou a decisão correta, resignando-se ao seu destino e respeitando a terra que sempre tomou como sua. A dignidade e a capacidade de não fugir aos problemas são valores muito importantes no caráter de uma pessoa, pois mostram quem somos. Caso optasse por fugir da cidade, Sócrates identificar-se-ia como uma pessoa fraca e que não honrava os seus compromissos e aquilo a que se propunha. Em conclusão, são mais importantes os valores que defendemos e as nossas atitudes do que os bens materiais que tanto caracterizam a nossa sociedade atual.
Inês Couto, 10.º D 
 
Texto anteriormente publicado no Jornal Toque de Saída    
 





13.3.13

Preocupo-me, LOGO EXISTO!

 
"A Europa vai entrar num declínio sob todos os aspectos - económico, cultural, intelectual. Aliás, se se vir a evolução das universidades na Europa, é aterradora. Não na parte das ciências exactas, mas no que era o chamado "ramo das humanidades" - e que infelizmente se passou a chamar "ciências sociais" - as universidades entraram numa decadência aflitiva. A universidade pública tem desprezado esse ramo do saber. Como é que se alimenta cultura e os valores da cultura, se se nega pertinência, validade e interesse àquilo que são saberes não científicos, mas que são saberes à mesma? Então a Guerra e Paz do Tolstoi, O Vermelho e o Negro do Stendhal, o D. Quixote do Cervantes, um trio do Schubert, a Filosofia, não interessam para nada? Todo este ramo do saber está descuidado e pervertido pelos estudos culturais e pelo pós-modernismo. Daqui vem uma ameaça à sanidade cultural do pensamento do Ocidente."

Fátima Bonifácio (a) , no Público, de 12/03/2013:

 (a) Licenciada em História pela UL (1977) e doutorada, também em História, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde colaborou com autores como Maria Filomena Mónica e Vasco Pulido Valente;professora na FCSH-UNL,entre 1980 e 2006 e tem publicados numerosos artigos, sobretudo de análise política, na imprensa, nomeadamente no diário Público e na revista Atlântico.

A não perder, esta oportunidade de ver bom teatro, tão perto de nós.