
«Quando alguém se esforçar por te negar que nós, seres humanos, somos livres, aconselho-te a que lhe apliques a prova do filósofo romano. Na Antiguidade, um filósofo romano estava a discutir com um amigo que negava a liberdade humana e garantia que, para todos os homens, não há maneira de evitar fazer o que fazem. O filósofo pegou no seu bastão e começou a dar-lhe pauladas com toda a força que tinha, 'já chega, não batas mais!', dizia-lhe o outro. E o filósofo, sem deixar de surrá-lo, continuou a argumentar: 'Não dizes que não sou livre e que quando faço uma coisa não posso evitar fazê-la? Pois então não gastes saliva a pedir-me que pare: sou automático'. Até que o amigo reconheceu que o filósofo podia livremente deixar de bater-lhe, e só então o filósofo deu descanso ao seu bastão. A prova é boa, mas só deves administrá-la em casos extremos e sempre com amigos que não saibam artes marciais...»
Fernando Savater, Ética Para um Jovem, Editorial Presença, pág. 25
Bem lembrado, Graça!
ResponderEliminarBom fim de semana
Olá, de facto nada melhor que uma "experiência empírica" para nos fazer compreender certas coisas. Como diria Hume, tudo começa com a experiência...
ResponderEliminarCumprimentos e bom domingo.
O filósofo teve uma boa idéia para demonstrar que não somos determinados. Essa acção é boa mas devemos ter cuidado ao aplica-la.
ResponderEliminarJoão Ribeiro
ah ah é realmente uma boa maneira de provar que temos livre arbitrio
ResponderEliminarum bocado extrema mas ainda assim genial...
Bom Fim de semana professora Graça :)
isto não é um exemplo contra o determinismo,,,,
ResponderEliminarpois se isso acontecesse com outra pessoa moralmente mais negativa demoraria mais tempo a dexar de bater e o tempo que bate é determinado pela pessoa, pela maneira de ser e pela maneira de pensar.
Imaginem que a pessoa a quem se bate é desconhecida a nossa personalidade levaria a que lhe batessemos mais ou nao e isso esta determinado por cada um.