Durante a nossa existência, somos muitas vezes confrontados com o problema do sentido da vida procurando insistentemente a resposta. Será que vale a pena viver? A vida tem sentido? Se sim, será subjectivo ou objectivo? Vamos procurar responder a este problema ao longo deste ensaio. A nossa finalidade é defender que a vida tem sentido, porém não assumimos uma perspectiva totalmente objectiva.
Antes de iniciarmos uma reflexão mais profunda, é necessário esclarecer alguns conceitos envolvidos neste problema. O primeiro passo é esclarecer o que é o sentido da vida e compreender o problema em questão. Neste contexto, podemos querer enunciar dois aspectos do problema quando nos referimos ao significado da existência: podemos estar a falar da finalidade da nossa vida ou podemos estar a falar do seu valor.
Assim, é premente distinguir dois tipos de finalidades através da exemplificação: por um lado, caso nos perguntem porque apanhámos o metro para ir para o centro comercial ontem, responderemos que fomos às compras; porém, podem ainda questionar o porquê desta ida, e assim sucessivamente até ao infinito. Nesta circunstância, temos um objectivo instrumental, ou seja, algo que se faz porque se tem em vista outra coisa. Por outro lado, ao perguntarem porque comemos chocolate, afirmaremos que o fazemos porque nos dá prazer. Ora, neste caso temos uma finalidade última, uma finalidade em sim mesma, situação na qual não vale a pena exigir mais perguntas porque não faz sentido perguntar com que finalidade estamos a comer chocolate.
Antes de iniciarmos uma reflexão mais profunda, é necessário esclarecer alguns conceitos envolvidos neste problema. O primeiro passo é esclarecer o que é o sentido da vida e compreender o problema em questão. Neste contexto, podemos querer enunciar dois aspectos do problema quando nos referimos ao significado da existência: podemos estar a falar da finalidade da nossa vida ou podemos estar a falar do seu valor.
Assim, é premente distinguir dois tipos de finalidades através da exemplificação: por um lado, caso nos perguntem porque apanhámos o metro para ir para o centro comercial ontem, responderemos que fomos às compras; porém, podem ainda questionar o porquê desta ida, e assim sucessivamente até ao infinito. Nesta circunstância, temos um objectivo instrumental, ou seja, algo que se faz porque se tem em vista outra coisa. Por outro lado, ao perguntarem porque comemos chocolate, afirmaremos que o fazemos porque nos dá prazer. Ora, neste caso temos uma finalidade última, uma finalidade em sim mesma, situação na qual não vale a pena exigir mais perguntas porque não faz sentido perguntar com que finalidade estamos a comer chocolate.
Contudo, é errado pensar que este problema se desenrola na procura de uma única e última finalidade da nossa vida. Ao reflectir, sabemos que não é essa finalidade que dará sentido à nossa existência, já que no nosso dia-a-dia nos deparamos com várias finalidades últimas, visto que fazemos várias coisas aprazíveis.
Posto isto, é fácil compreender que falta algo para dar realmente sentido à nossa vida. Este aspecto é o valor intrínseco das nossas acções. Todavia, ao chegar a este ponto, deparamo-nos com uma dificuldade: é certo que existem acções que têm valor intrínseco para uns e não para outros. Este valor confere ao sentido da vida um carácter subjectivo.
No entanto, este ponto não indica que o sentido atribuído à vida seja totalmente subjectivo. É certo que o sentido da nossa vida não se deve centrar apenas no mundo exterior, mas também na nossa realização pessoal, objectivos e tudo o que nós somos enquanto indivíduos singulares. Porém, identicamente, não podemos pensar só em nós, pois não vivemos isolados do mundo.
Ora vejamos: neste momento estamos a estudar com o objectivo de entrarmos na Faculdade de Arquitectura. É óbvio que não conseguiríamos fazê-lo com sucesso sem a ajuda dos outros (professores, colegas, …). No entanto, temos também de dar bastante de nós para alcançarmos o pretendido e fazêmo-lo apenas por interesse pessoal.
Assim consideramos ser necessário encontrar um equilíbrio entre estes dois pontos de vista, dado que nenhum deles se adequa devidamente à realidade. É preciso encarar a vida com objectivos, sem nunca nos esquecermos da felicidade pessoal. Pensamos que só assim poderemos dar algum sentido à nossa existência.
Fontes consultadas:
ALMEIDA, Aires. Dicionário da Filosofia, Plátano Editora, Colecção Filosofia Prática, Lisboa, 2003;
ALMEIDA, Aires e MURCHO, Desidério. A Arte de Pensar - 11º ano, Didáctica Editora, Lisboa, 2008.
RUSS, Jaqueline. Dicionário de Filosofia, Didáctica Editora, Coimbra, 2000;
REIS, Alfredo. O existencialismo, Atlântida, Biblioteca da Filosofia, Coimbra, 1997;
Imagem: Claude Monet, «Garden Path at Giverny»
ALMEIDA, Aires. Dicionário da Filosofia, Plátano Editora, Colecção Filosofia Prática, Lisboa, 2003;
ALMEIDA, Aires e MURCHO, Desidério. A Arte de Pensar - 11º ano, Didáctica Editora, Lisboa, 2008.
RUSS, Jaqueline. Dicionário de Filosofia, Didáctica Editora, Coimbra, 2000;
REIS, Alfredo. O existencialismo, Atlântida, Biblioteca da Filosofia, Coimbra, 1997;
Imagem: Claude Monet, «Garden Path at Giverny»
Beatriz Silva e Beatriz Serrazina
11ºF
11ºF
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