16.7.11

A Antiga Biblioteca de Alexandria










Neste vídeo podemos ver o astrónomo Carl Sagan, num passeio virtual pela antiga Biblioteca de Alexandria, num episódio da sua famosa série “Cosmos”. Ele explica-nos, na linguagem clara a que nos habituou, que foi aqui que a jornada da ciência começou de forma sistemática no ocidente. A Biblioteca de Alexandria, no Egipto, uma das maiores bibliotecas do mundo antigo, foi fundada no início do século III a.C.. Estima-se que a Biblioteca tenha armazenado mais de 400.000 rolos de papiro, podendo ter chegado a 1.000.000 nos seus 700 anos de existência.

A Biblioteca de Alexandria (na realidade duas, Biblioteca mãe e filha) era o maior centro de conhecimento do planeta, guardando um saber sem igual. Acorriam a Alexandria sábios de todo o mundo que estudavam e debatiam os mais variados temas. Este clima de tolerância para com as outras culturas não voltaria a ser visto durante mais de 1500 anos. A Biblioteca mãe, tanto quanto sabemos hoje, terá sofrido um incêndio acidental no séc. I d.C, substituindo-a nas mesmas funções a Biblioteca filha. Em 391 d.C., durante o reinado do imperador Teodósio, a Biblioteca foi completamente destruída, juntamente com o templo a Serápis, pelo bispo cristão Teófilo, que foi mais tarde canonizado. Este acontecimento é retratado no recente filme “Ágora” de Alejandro Amenabar, que tem como personagem central Hipátia, figura ímpar também aqui referida por Sagan, que foi martirizada de acordo com algumas fontes, por ordem de Cirilo, Patriarca de Alexandria. A lista dos grandes pensadores que frequentaram a Biblioteca de Alexandria inclui outros nomes de grandes génios do passado como Arquimedes, Euclides, Aristarco, Eratóstenes, Galeno ou Ptolomeu.

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