Composição do preço final do café ao consumidor, na Europa Ocidental:
44,9% impostos, direitos aduaneiros, frete
23,7% margem dos comerciantes
17,8% margem dos armazenistas e industriais da torrefação
8,5 % proprietários da plantação
5,1 % salários dos trabalhadores
Comércio Justo
A actual sociedade de consumo promove grandes desequilíbrios sociais e ambientais. Todos os nossos gestos e opções diárias afectam não só a nossa vida mas a vida de outras pessoas e põem em causa a sustentabilidade do planeta. Mas é também verdade que o consumo é inevitável e até necessário para a circulação e manutenção dos sistemas económicos.
Como resolver, então, este paradoxo? Como garantir a protecção dos direitos humanos, a preservação do ambiente e a sustentabilidade económica e cultural?
O Comércio justo é um dos pilares da sustentabilidade económica e ecológica.Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados, nas cadeias produtivas.
A ideia de um comércio justo surgiu nos anos 1960 e ganhou corpo em 1967, quando foi criada, na Holanda, a Fair Trade Organisatie. Dois anos depois, foi inaugurada a primeira loja de comércio justo. O café foi o primeiro produto a seguir o padrão de certificação desse tipo de comércio, em 1988. A experiência espalhou-se pela Europa e, no ano seguinte, foi criada a International Fair Trade Association, que reúne atualmente cerca de 300 organizações em sessenta países.
O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato e produtos agrícolas. Em poucas palavras, é o comércio onde o produtor recebe remuneração justa por seu trabalho.
Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade e que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo. Esta opção ética tem permitido aos pequenos produtores de países tropicais viver de forma digna ao fazerem a opção pela agroecologia, como agricultura orgânica.
O comércio justo é, então, rede europeia de lojas de comércio justo, uma espécie de parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável. O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos. Sua missão é promover a equidade social, a protecção do ambiente e a segurança económica através do comércio e da promoção de campanhas de consciencialização.
É fundamental educar e mobilizar a sociedade civil - e em especial as gerações mais jovens – para a mudança dos hábitos de consumo, tornando-nos mais críticos, exigentes e responsáveis, como exercício da nossa cidadania. Um bom exemplo, em Portugal, é a Mó de Vida – Cooperativa de Consumo que podemos conhecer em http://www.modevida.com/modevida.html
44,9% impostos, direitos aduaneiros, frete
23,7% margem dos comerciantes
17,8% margem dos armazenistas e industriais da torrefação
8,5 % proprietários da plantação
5,1 % salários dos trabalhadores
Comércio Justo
A actual sociedade de consumo promove grandes desequilíbrios sociais e ambientais. Todos os nossos gestos e opções diárias afectam não só a nossa vida mas a vida de outras pessoas e põem em causa a sustentabilidade do planeta. Mas é também verdade que o consumo é inevitável e até necessário para a circulação e manutenção dos sistemas económicos.
Como resolver, então, este paradoxo? Como garantir a protecção dos direitos humanos, a preservação do ambiente e a sustentabilidade económica e cultural?
O Comércio justo é um dos pilares da sustentabilidade económica e ecológica.Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados, nas cadeias produtivas.
A ideia de um comércio justo surgiu nos anos 1960 e ganhou corpo em 1967, quando foi criada, na Holanda, a Fair Trade Organisatie. Dois anos depois, foi inaugurada a primeira loja de comércio justo. O café foi o primeiro produto a seguir o padrão de certificação desse tipo de comércio, em 1988. A experiência espalhou-se pela Europa e, no ano seguinte, foi criada a International Fair Trade Association, que reúne atualmente cerca de 300 organizações em sessenta países.
O movimento dá especial atenção às exportações de países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como artesanato e produtos agrícolas. Em poucas palavras, é o comércio onde o produtor recebe remuneração justa por seu trabalho.
Alguns países têm consumidores preocupados com a sustentabilidade e que optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo. Esta opção ética tem permitido aos pequenos produtores de países tropicais viver de forma digna ao fazerem a opção pela agroecologia, como agricultura orgânica.
O comércio justo é, então, rede europeia de lojas de comércio justo, uma espécie de parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável. O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos. Sua missão é promover a equidade social, a protecção do ambiente e a segurança económica através do comércio e da promoção de campanhas de consciencialização.
É fundamental educar e mobilizar a sociedade civil - e em especial as gerações mais jovens – para a mudança dos hábitos de consumo, tornando-nos mais críticos, exigentes e responsáveis, como exercício da nossa cidadania. Um bom exemplo, em Portugal, é a Mó de Vida – Cooperativa de Consumo que podemos conhecer em http://www.modevida.com/modevida.html
Turismo Ético e Solidário
A actividade turística, da forma como tem sido desenvolvida, tem-se revelado profundamente devastadora para as comunidades dos países receptores, suas culturas e tradições, e para o meio ambiente. Além disso, tem ajudado a aprofundar as desigualdades socioeconómicas entre os países do Norte (mais ricos) e os do Sul do planeta, já que os lucros gerados em quase nada beneficiam as comunidades locais.
Concretizando, no actual cenário económico mundial o Turismo possui as seguintes características:
- É o sector de mais rápido crescimento da economia mundial. Portanto, os países subdesenvolvidos tentam atrair investimentos estrangeiros sem qualquer critério, considerando que o seu potencial pode gerar milhões de dólares com relativa facilidade;
- Dominado pelas grandes empresas transnacionais;
- Pacotes "tudo incluído" pagos na origem;
- Quando utiliza mão-de-obra local, pratica uma política de baixos salários sem garantir um mínimo de estabilidade;
- Mercado extremamente competitivo, onde os factores preço, criação de ilusões (promessa de lugares de sonho, exotismo, etc.), são tidos em conta em detrimento de outros aspectos que exigiriam um trabalho mais aprofundado de pesquisa e informação ao consumidor de viagens;
- Fortes campanhas de "marketing" promovidas por estes grandes grupos, dirigidas somente ao bem-estar do turista, provocando:- Fraca consciencialização do turista para os problemas sociais, ambientais, políticos e económicos enfrentados pelas populações que os recebem;- Perda das identidades culturais locais através da criação de estereótipos adequados a um ou mais mercados emissores.
- O já referido consumo de culturas exóticas, praias paradisíacas e hotéis de luxo é altamente direccionado para os países do 3º mundo - América Latina, Ásia e África, cuja fragilidade da legislação potencializa o benefício unilateral das transnacionais.
O movimento por um Turismo ético, responsável e solidário tem origem na Europa com base nos princípios do Comércio Justo. É o ponto de partida para o desenvolvimento sustentável do sector.Pode dizer-se que é uma iniciativa recente em termos de estudo, organização e implementação por parte do 3º sector (ONGs, cooperativas, associações e outras formas de organização comunitária).Objectivos:Através do cumprimento de princípios e critérios éticos, o objectivo é conseguir condições para o financiamento de projectos de desenvolvimento sustentável, formação e infra-estruturas, para além de parcerias em experiências de trabalho concretas.
O que significa Turismo Ético, Responsável e Solidário?
- Igualdade nas parcerias de comércio entre o Norte e o Sul;
- utilização dos impostos oriundos do Turismo, para a erradicação da pobreza no Sul, através de decisões democráticas, baseadas na colaboração e na realização de parcerias entre os pólos emissores e os receptores, para a criação de estruturas;
- construção de uma rede local de abastecimento de serviços do comércio justo, através das operações turísticas;
- transparência, acesso à informação, formação e desenvolvimento em favor das comunidades dos destinos turísticos;
- controle por parte da comunidade do planeamento e decisões sobre o Turismo;
- sustentabilidade ambiental, social e cultural;
- diversificação das economias locais;
- respeito pelos direitos humanos.
A prática de um Turismo Ético, Responsável e Solidário, além de ajudar as comunidades dos países de destino, é um instrumento importante na consciencialização dos turistas do Norte face às grandes diferenças existentes em relação aos países do Sul.
O confronto com a realidade, tomando conhecimento no local visitado das desigualdades, injustiças, etc., levarão à adopção de atitudes mais solidárias nas suas vidas quotidianas em relação ao Sul, tanto no que diz respeito ao consumo responsável como a um comportamento mais reivindicativo no que toca a políticas que visem a diminuição e, se possível, a extinção dessas mesmas desigualdades.
Fontes: Wikipédia; Site da Mó de vida–Coop.Cooperativa de Comércio Justo http://www.modevida.com/modevida.html
Sítios/blogues dedicados ao tema: Cores do Globo, Reviravolta, Fair Trade-Portugal.
http://www.safari-afrique.org/?lng_f=pt;http://faceturis.blogs.sapo.pt/50745.html; http://www.consumosustentavel.org/index.php/home/3113.html
A actividade turística, da forma como tem sido desenvolvida, tem-se revelado profundamente devastadora para as comunidades dos países receptores, suas culturas e tradições, e para o meio ambiente. Além disso, tem ajudado a aprofundar as desigualdades socioeconómicas entre os países do Norte (mais ricos) e os do Sul do planeta, já que os lucros gerados em quase nada beneficiam as comunidades locais.
Concretizando, no actual cenário económico mundial o Turismo possui as seguintes características:
- É o sector de mais rápido crescimento da economia mundial. Portanto, os países subdesenvolvidos tentam atrair investimentos estrangeiros sem qualquer critério, considerando que o seu potencial pode gerar milhões de dólares com relativa facilidade;
- Dominado pelas grandes empresas transnacionais;
- Pacotes "tudo incluído" pagos na origem;
- Quando utiliza mão-de-obra local, pratica uma política de baixos salários sem garantir um mínimo de estabilidade;
- Mercado extremamente competitivo, onde os factores preço, criação de ilusões (promessa de lugares de sonho, exotismo, etc.), são tidos em conta em detrimento de outros aspectos que exigiriam um trabalho mais aprofundado de pesquisa e informação ao consumidor de viagens;
- Fortes campanhas de "marketing" promovidas por estes grandes grupos, dirigidas somente ao bem-estar do turista, provocando:- Fraca consciencialização do turista para os problemas sociais, ambientais, políticos e económicos enfrentados pelas populações que os recebem;- Perda das identidades culturais locais através da criação de estereótipos adequados a um ou mais mercados emissores.
- O já referido consumo de culturas exóticas, praias paradisíacas e hotéis de luxo é altamente direccionado para os países do 3º mundo - América Latina, Ásia e África, cuja fragilidade da legislação potencializa o benefício unilateral das transnacionais.
O movimento por um Turismo ético, responsável e solidário tem origem na Europa com base nos princípios do Comércio Justo. É o ponto de partida para o desenvolvimento sustentável do sector.Pode dizer-se que é uma iniciativa recente em termos de estudo, organização e implementação por parte do 3º sector (ONGs, cooperativas, associações e outras formas de organização comunitária).Objectivos:Através do cumprimento de princípios e critérios éticos, o objectivo é conseguir condições para o financiamento de projectos de desenvolvimento sustentável, formação e infra-estruturas, para além de parcerias em experiências de trabalho concretas.
O que significa Turismo Ético, Responsável e Solidário?
- Igualdade nas parcerias de comércio entre o Norte e o Sul;
- utilização dos impostos oriundos do Turismo, para a erradicação da pobreza no Sul, através de decisões democráticas, baseadas na colaboração e na realização de parcerias entre os pólos emissores e os receptores, para a criação de estruturas;
- construção de uma rede local de abastecimento de serviços do comércio justo, através das operações turísticas;
- transparência, acesso à informação, formação e desenvolvimento em favor das comunidades dos destinos turísticos;
- controle por parte da comunidade do planeamento e decisões sobre o Turismo;
- sustentabilidade ambiental, social e cultural;
- diversificação das economias locais;
- respeito pelos direitos humanos.
A prática de um Turismo Ético, Responsável e Solidário, além de ajudar as comunidades dos países de destino, é um instrumento importante na consciencialização dos turistas do Norte face às grandes diferenças existentes em relação aos países do Sul.
O confronto com a realidade, tomando conhecimento no local visitado das desigualdades, injustiças, etc., levarão à adopção de atitudes mais solidárias nas suas vidas quotidianas em relação ao Sul, tanto no que diz respeito ao consumo responsável como a um comportamento mais reivindicativo no que toca a políticas que visem a diminuição e, se possível, a extinção dessas mesmas desigualdades.
Fontes: Wikipédia; Site da Mó de vida–Coop.Cooperativa de Comércio Justo http://www.modevida.com/modevida.html
Sítios/blogues dedicados ao tema: Cores do Globo, Reviravolta, Fair Trade-Portugal.
http://www.safari-afrique.org/?lng_f=pt;http://faceturis.blogs.sapo.pt/50745.html; http://www.consumosustentavel.org/index.php/home/3113.html
2 comentários:
Olá Luísa,
Muito interessantes os princípios defendidos por esta Cooperativa a "Mó de Vida", desconhecia a sua existência. Interessante também a divulgação junto dos nossos jovens,fazer um mundo melhor passa muito pela consciencialização de cada um.
Não achas que podíamos convidar alguém envolvido neste projecto para vir à nossa escola? Afinal nem só de ideias "vive" o filosofar, é, em primeiro lugar uma actividade prática.:-)
Cump.
Graça
Olá Graça,
Já uma vez tínhamos falado, embora superficialmente, destes conceitos.
Penso que tiveste uma óptima ideia. Estava a pensar ir a Almada, nas férias de Natal, para ter um conhecimento mais directo do trabalho que eles desenvolvem e comprar um cafezinho a preço justo ;) Se for, vou ver essa possibilidade.
Bom fim-de-semana.
Luísa Paula
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