A Alegoria da Caverna é um dos textos mais conhecidos de Platão. Pode encontrar-se em “A República”. Este texto relata a situação de alguns prisioneiros acorrentados numa caverna, virados de costas para a abertura, por onde entra a luz. Sempre viveram ali, naquela posição. Conheciam os animais e as plantas somente pelas suas sombras projectadas na parede. Um dia, um dos homens consegue soltar-se e foge para fora da caverna. Fica encantado com a realidade que encontra e apercebe-se que foi iludido pelos seus sentidos. Agora estava diante da verdadeira realidade e não apenas das suas sombras, diante do conhecimento. Voltou à caverna e contou aos companheiros o que havia visto. Estes não acreditando, preferiram continuar no seu mundo de sombras.
Para Platão, as coisas que nos chegam através dos cinco sentidos, são apenas as sombras das ideias. Quem estiver preso ao conhecimento das coisas observáveis nunca poderá alcançar o mundo da razão, ficando para sempre prisioneiro das aparências.
Para Platão, as coisas que nos chegam através dos cinco sentidos, são apenas as sombras das ideias. Quem estiver preso ao conhecimento das coisas observáveis nunca poderá alcançar o mundo da razão, ficando para sempre prisioneiro das aparências.
Este texto faz-nos pensar, na verdade, no conhecimento na vida…
Nós, seres humanos, vivemos num planeta minúsculo, aprisionados ao nosso dia-a-dia, à nossa caverna. Falta-nos o caminho para a “saída da gruta”. Esse caminho, a procura da verdade, é uma viagem que exige sacrifício, uma libertação da realidade imediata pelo pensamento. Para nos libertarmos, é preciso desenvolver o pensamento crítico. A luz fora da caverna significa a verdadeira sabedoria. Mas é difícil contemplar a luz da verdade pela primeira vez. Temos de o fazer por etapas.
Podemos dizer que o conhecimento dá trabalho, as crenças têm muito peso e é difícil abandoná-las devido aos hábitos de uma vida. Mas será que temos boas razões para as aceitar?
A Alegoria sugere ainda que as diferentes culturas têm diferentes concepções da realidade. Será possível conciliar o respeito pelo multiculturalismo e o dever de impor limitações, sem as quais a ética não é possível? A verdade nem sempre está com a maioria, que podemos fazer para melhorar este estado de coisas? Se a maioria conseguir sair da caverna teremos uma sociedade mais esclarecida.
Em suma, a “Alegoria da Caverna” é um texto excelente para nos fazer pensar. Esta obra “serve” a vida e o pensar mais puro. A maioria das pessoas nunca se apercebe que talvez viva uma falsa realidade. Talvez seja por isso que se sentem infelizes e frustradas com as suas vidas. Todos devíamos ser mais críticos para podermos ter outra percepção da vida, para sermos mais racionais e também mais imaginativos.
João Ribeiro
10º. D
2 comentários:
Texto muito interessante realizado pelo João.
Na minha opinião nao passamos de meros prisioneiros como tantos outros nesta coisa chamada mundo e Universo.
Luis Jacinto
Olá Luis, bem-vindo ao blog.
Espero em breve poder publicar um texto teu. :-)
De certa forma somos prisioneiros no nosso universo, e mesmo considerando apenas a faixa da realidade a que temos acesso, nem assim temos dela um conhecimento completo. O pensamento crítico, tal como nos diz Platão, é um auxiliar precioso na "conquista árdua" desse conhecimento.
Cump. Fil.
Graça
Enviar um comentário