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Mas daí não se segue que não exista uma realidade moral. Essa realidade pode, por exemplo, ser semelhante à realidade matemática. Tal como a realidade dos números e das incógnitas se encontra ligada ao mundo e a tudo o que dele faz parte, também os valores se encontram ligados à realidade das coisas e fazem parte da nossa vida.
Defendo que existem factos morais neste sentido. Estes são expressos em proposições que exprimem a realidade como deve (deveria) ser. Procuram adequá-la ao ideal de uma vida boa e de um mundo melhor.
Terão valor de verdade? Penso que sim.
Terão valor de verdade? Penso que sim.
Resulta da consciencialização imparcial, do diálogo objectivo sobre os problemas da vida. O argumento em questão é o seguinte:
(1) A verdade dos juízos morais resulta da reflexão imparcial.
(2) Logo, os factos e juízos morais não dependem desta ou daquela pessoa ou sociedade, mas de todas as pessoas.
(2) Logo, os factos e juízos morais não dependem desta ou daquela pessoa ou sociedade, mas de todas as pessoas.
Quanto melhor fundamentado, mais plausível e mais objectivo é o juízo moral.
Esta posição tem vantagens em relação ao subjectivismo e ao relativismo moral, pois, ao afirmar que há valores que todos devem ter, como por exemplo o valor da preservação da vida ou o valor de não causar sofrimento desnecessário; esta posição permite a igualdade de todos os seres humanos à luz destes princípios. Negá-los é entrar em contradição. Negando-os aos outros estaremos a negá-los a nós próprios. A partir destes princípios, podem ser fundamentadas normas culturais, ou pessoais, mas mesmo estas devem ser avaliadas imparcialmente.
Esta posição tem vantagens em relação ao subjectivismo e ao relativismo moral, pois, ao afirmar que há valores que todos devem ter, como por exemplo o valor da preservação da vida ou o valor de não causar sofrimento desnecessário; esta posição permite a igualdade de todos os seres humanos à luz destes princípios. Negá-los é entrar em contradição. Negando-os aos outros estaremos a negá-los a nós próprios. A partir destes princípios, podem ser fundamentadas normas culturais, ou pessoais, mas mesmo estas devem ser avaliadas imparcialmente.
Contra esta ideia pode defender-se que cada pessoa tem a sua opinião e esta deve ser respeitada. Mas não se segue que a opinião de cada pessoa interfira com esta posição, pois é claro que todos pensam de forma diferente, e nem seria desejável que todos pensássemos de forma igual, ou que todas as diferenças culturais se desvanecessem. Apenas devemos fazer uma reflexão imparcial sobre as nossas crenças e as crenças dos outros. Porque as crenças não são todas verdadeiras, não estão todas ao mesmo nível, e todos podemos beneficiar desta reflexão.
Ana Faustino
10.º D
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