Mesmo para quem não aprecia o género, o filme constitui uma experiência estética inesquecível e surpreende-nos pelas questões filosóficas que suscita. O facto de ser a três dimensões, permite-nos partilhar toda a emoção, toda a arte, a vida e o ecossistema de Pandora, a lua onde decorre a acção.
A mensagem não é nova, está nos antípodas da humanidade. A eterna luta do espiritual e do material, do bem contra o mal, mas o modo de a contar é surpreendente e arrebatador. É cientificamente credível, facto a que talvez não seja alheia a formação em filosofia e em física de James Cameron. A crítica social é esmagadora e omnipresente. Por um lado temos os Na´vi com uma grande ligação à natureza, à espiritualidade, em Pandora toda a vida está ligada entre si; Por outro lado temos os humanos que não olham a meios para atingir os fins.
Apesar de todas as invocações históricas - os Na´vi parecem-se com índios e o argumento lembra-nos "Dança com Lobos"-, de todos os antropomorfismos (poderia ser de outra forma?), o filme deixa-nos algumas interrogações e pode constituir um excelente ponto de partida para algumas questões éticas, mas também para questões relacionadas com o conhecimento e com a realidade. Os Avatares lembram-nos Platão e a "Alegoria da Caverna", vemos as sombras não a realidade em si, mas também a experiência mental dos "cérebros numa cuba", invocada por filósofos como James Rachels ou Stephen Law, já abordada na saga "Matrix".
"O filme passa-se em 2154, quando os humanos descobrem um valioso mineral num novo planeta, Pandora, habitado pelos Na´vi. Para entrarem no planeta, os humanos criam avatares, seres híbridos com DNA Na´vi, para extrair aquele mineral.
A história centra-se em Jake Sully, um militar norte-americano que, através do seu avatar, ficará dividido entre dois mundos, entre duas culturas, em conflito entre si." CiênciaHoje
A história centra-se em Jake Sully, um militar norte-americano que, através do seu avatar, ficará dividido entre dois mundos, entre duas culturas, em conflito entre si." CiênciaHoje
Um filme a não perder, uma experiência que nos deixa a pensar...
6 comentários:
parece um filme bastante interessante, com efeitos surpreendentes :)
Olá Graça
Feliz 2010!! :)
Gostaste do filme? Eu, embora goste imenso de cinema, sou uma das tais que não aprecia o género... Mas agora despertaste-me a curiosidade.
Leste o "Azar cósmico e futuro pós-humano", do DM no Crítica, acerca do futuro espacial e ficção científica? Um pessimismo da outra galáxia :))))
Olá Luísa e Marisa,
Um bom 2010.
Eu sou apreciadora de ficção científica (mas não toda,não gosto do George Lucas e não apreciei o ET), pela experiência em si. Considero-me "acordada para a realidade" e, sei que tudo o que fazemos "é marcado pelo nosso provincionalismo terráqueo",(não só a nossa ficção científica).
Além da experiência estética em si, gosto da experiência mental. Embora devamos estar acordados para os factos, não perdemos nada em cultivar a imaginação tão útil para temperar e melhor compreender os factos. Penso que neste aspecto "o pessimismo cósmico" só tem a perder.
Nisso estamos de acordo, cultivar a imaginação é essencial para compreender mesmo os cenários mais reais.
A falta de imaginação e a incapacidade de rir de si próprio seriam, essas sim, grandes provas de provincianismo mas dessas, pelo menos, o homem não padece. :)
Não sabia o que esperar deste filme. Deram-me muitas opiniões mas queria ver com os meus próprios olhos. Adorei, talvez não seja um filme do presente mas demonstra como a sociedade continua a ser egoísta apesar de passas tantos anos, é capaz de destruir árvores, seres vivos e animais só para consegui o que quer.
Quero-o ver outra vez pois aquele mundo foge totalmente à realidade, apesar dos perigos e da questão que falei anteriormente, aquelas cores e aquela paixão à natureza fascinou-me por completo. Aconselho vivamente e para mim foi um dos melhores filmes de sempre
Vanessa Martins 10ºF Nº24
Olá Vanessa, bem vinda ao blog. Espero que te tornes assídua :-).
O filme é literalmente espectacular embora não nos traga nada de novo, é uma experiência estética muito enriquecedora. concordo que a cor e todo o ambiente são muito envolventes. Não damos conta do tempo.
Cump.
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