16.1.10

O que nos faz dizer que algo é belo?

Fascinante viagem pela História da Arte através do rosto feminino. O vídeo tem por título "Women in Art" e foi realizado por Philip Scott Johnson.

Vídeo gentilmente enviado pela colega Teresa Agostinho

4 comentários:

Ana Lopes disse...

na minha opinião a beleza e um conceito que varia de pessoa para pessoa, pois cada um de nós tem uma percepção de beleza diferente dos outros. por exemplo, uma pessoa que goste de arte pode gostar muito de um certo quadro e achá-lo belo, mas outra que não aprecie esta categoria, pode achar simplesmente que o quadro tem beleza alguma e não ter qualquer interesse nele.

Graça Silva disse...

Olá Ana, obrigada pelo comentário.
A tua opinião exprime a posição conhecida como subjectivismo estético. É a posição subjacente ao provérbio "a beleza está nos olhos de quem a vê". Defende-se que a beleza resulta do que sentimos quando observamos as coisas. Assim, os juízos estéticos são apenas juízos que exprimem o nosso gosto pessoal. houve muitos filósofos que defenderam ideias semelhantes. Por exemplo Bertrand Russel, David Hume ou Kant. Embora a posição de kant defenda que apesar de subjectivos, os juízos estéticos têm algo de universal. Hume, defendeu também uma forma refinada de subjectivismo, a subjectividade dos juízos de gosto seria compatível com um conjunto de princípios gerais acerca do que tem sido universalmente aceite como agradável em todas as épocas.
Será assim?
Participa sempre.
Graça

Anónimo disse...

A beleza é relativa. Dependendo da situação em que nos apresentamos, do local e da nossa história pessoal. É comum recorrermos experiências vividas no passado, e assim tornando-se num modo de comparação.
Se considerarmos uma pessoa bonita, mas se essa mesma pessoa nos fizer mal, vamos vÊ-la de outra maneira, mudando todos os aspectos positivos em negativos, tal como a sua beleza. Neste ponto de situação, no futuro, se conhecermos uma pessoa parecida com esse individuo, já não o vamos ver de outra maneira.

Valter Boita disse...

É muito frequente ouvirmos a posição do nosso leitor Anónimo. Para justificarmos a verdade de um determinado juízo estético,é mais fácil recorrer ao gosto subjectivo ou ao que, num determinado tempo histórico, numa cultura se define como padrão estético.
O documentário ilustra a "beleza" feminina ao longo do tempo: mais do que a beleza feminina, ilustra o modo como as mulheres aristocratas se ajustavam aos padrões estéticos da sua cultura e do seu tempo.
Nós, meros espectadores, ao avaliarmos uma obra de arte, qualicando-a de bela, somos influenciados pelas experiências subjectivas e também pelos padrões de beleza vigentes actualmente. Contudo, não haverá um princípio que nos permita diferenciar os juizos estéticos, ou seja, considerá-los mais aproximados à verdade ou mais distantes dela, sem recorrermos a essas experiências sensíveis e aos padrões culturais? Julgo que sim, embora não seja fácil. Mas quando ouvimos a opinião de um crítico de arte ou de um historiador de arte, temos tendência para considerar os seus juízos mais aceitáveis do que os nossos. E até a opinião desses é capaz de nos fazer mudar a nossa opinião.