Palestra do filósofo Alain de Botton sobre a necessidade de "ultrapassar alguns pretensiosismos" relacionados com a forma redutora como entendemos o sucesso e o fracasso nas nossas vidas.
Traduzido para português por Sérgio Lopes.
Traduzido para português por Sérgio Lopes.
4 comentários:
Olá professora,
excelente raciocínio, o do senhor Alain de Botton.
Concordo com a ideia de que nem tudo o que temos é porque o merecemos, dado que há sempre, como o filósofo refere, uma componente aleatória no que nos acontece. Também as escolhas inocentes influenciam bastante o trajecto que a nossa vida segue e, muitas vezes, não é, de todo, possível prever o que decorrerá dessas mesmas escolhas.
Essa ideia de termos aquilo que merecemos é, de alguma forma, incompatível com a ideia comum de sucesso. É, tal como Alain de Botton diz, impossível ser bem sucedido em tudo e cada um tem o seu próprio conceito de sucesso, que varia com os objectivos pessoais. Para alguém que tenha grande sucesso profissional, mas pouco sucesso a nível emocional, por exemplo, será difícil valorizar-se pelo que consegue com o seu trabalho e, simultaneamente, desvalorizar-se a nível emocional. Pelo que só se considerará bem sucedido se der primazia ao seu emprego.
Dificilmente reconhecerá que o insucesso pessoal se deverá a si mesmo com a mesma facilidade que se congratulará pelo que fez para conseguir o sucesso profissional.
Obrigado por ter partilhado o vídeo,
cumprimentos,
David Vicente
Olá David,
Compreendo o teu ponto de vista e concordo com ele. Efectivamente não podemos ter sucesso em tudo e, aquilo que controlamos é uma ínfima parte daquilo que nos acontece. Sem equilíbrio emocional não somos capazes de apreciar lucidamente as nossas pequenas conquistas para não caírmos na contradição, tão frequente, quanto à avaliação dos nossos sucessos (e insucessos) pessoais e profissionais.
Apesar de devermos lutar pelo ideal da meritocracia, essa luta tem de ser lúcida no sentido de: por um lado não a podermos abandonar e por outro de a sabermos inatingível.
É um assunto que dá que pensar e que se renova dia-a-dia.
Olá professora,
tem uma boa tese este senhor Alain de Botton, mas eu não estou 100% de acordo.
Ele dizer que nem tudo o que temos é porque merecemos, concordo, pois existe sempre algo que nos acontece e traça mais um trajecto na nossa vida que acontece por meio de terceiros, como por exemplo se recebermos no natal uma prenda da tia que é um kit de investigação policial de brincar, e nos desperta o sentido de investigador criminal ou para fazer justiça. Esta prenda pode vir a ter influencia, no 9º ano em que temos de escolher o que vamos fazer na nossa vida,ou pelo menos dar um rumo, e nesta altura podemos escolher de acordo com o nosso gosto que neste caso foi a investigação criminal.
Eu penso que todos nós quando nascemos temos logo definidos os nossos gostos e apetências, mas que só são descobertos quando são postos à prova, o que pode acontecer a qualquer altura da vida e não é obrigada a aparecer quando somos crianças, adolescentes, adultos e só aparecerem quando formos idosos.
Mas o facto é que nós temos a esmagadora maioria de culpa pelo que nos acontece ao longo da nossa vida, se nós até gostarmos de ciências mas não querermos trabalhar para aprender mais sobre uma disciplina que até gostamos não merece a pena gostarmos e termos apetência para as ciências porque só com trabalho e dedicação é que conseguimos evoluir.
É claro que querer trabalhar para aprender mais sobre tudo depende da pessoa, e como é que se cria uma pessoa? Será que os pais têm culpa no cartório? E os outros parentes? Quem é que faz com que cada pessoa pense como pensa? Será que nós só pensamos assim por causa do nosso passado e presente? Terão as crenças religiosas alguma coisa haver com a nossa maneira de pensar? Para todas estas questões existirão várias respostas sobre as quais ainda não me debrucei.
Acho que já fugi um bocado ao vídeo mas já que escrivi vou enviar,
cumprimentos,
Rui Lopes 10ºE
Olá Rui,
bem-vindo ao blog.
Parte dos problemas filosóficos sobre os quais iremos reflectir nas aulas serão importantes para encontrares as respostas a algumas das questões que colocas. Se não encontrares uma resposta, pelo menos ajudar-te-ão a formular e a compreender melhor os problemas.
cumprimentos filosóficos
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