9.11.10

Será a arte um tipo de actividade capaz de conferir sentido à vida?

“A prática da actividade artística, quando é conduzida ao mais elevado nível, é paradigmática desse tipo de actividade aberta, (…) os próprios fins da arte evoluem juntamente com as actividades que têm por fim atingi-los. Como a procura do bem e da correcção moral, e como a procura da verdade, a arte é uma actividade inerentemente aberta, na medida em que os seus fins estão em causa no seio da própria actividade. Os fins das actividades superlativamente com sentido não podem ser alcançados porque à medida que as actividades evoluem também os fins que visam se alteram e se aperfeiçoam. O conhecimento não é de modo nenhum um caso especial, pela simples razão de que procurar alcançar qualquer um dos nossos objectivos com mais sentido é (…) uma actividade cognitiva: Uma actividade que exige a descoberta e a invenção de novos instrumentos conceptuais e teorias novas e melhores.”
Excerto do ensaio de Neil Levy, "Despromoção e sentido na vida", publicado em "Viver para quê? Ensaios sobre o sentido da vida", Selecção, organização e tradução de Desidério Murcho, Editora Dinalivro, Lisboa,2009


Vídeo do Ted: David Byrne,"(Nothing But) Flowers" legendado em português do Brasil.

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