"A moral (ou ética) diz-nos como devemos viver ou o que temos de fazer para ter uma vida boa. Mas o que é realmente o bem? Há muitas coisas boas, evidentemente; mas haverá algo que possamos reconhecer que é um bem tão fundamental que todos os outros bens resultam de algum modo dele? O que poderá ser tal coisa?
E como devemos agir? Que princípio ou princípios fundamentais devem orientar a nossa acção? Quando dizemos que uma acção é correcta e outra incorrecta, qual é realmente a diferença entre a duas? Que critério nos permite dizer que uma é correcta e a outra não?
Perguntar pelo fundamento da moral é procurar saber duas coisas:
1. Qual o bem último?
2. O que faz uma acção ser correcta?
Por bem último entende-se o bem do qual os outros bens resultam. Por exemplo, o dinheiro não é o bem último, dado que só é um bem porque permite adquirir outros bens.
Immanuel Kant e John Stuart Mill respondem de formas diferentes a estes problemas. O primeiro defende uma ética deontológica, o segundo uma ética utilitarista."
Textos e Problemas de Filosofia, Organização de Aires Almeida e Desidério Murcho, 2006, Plátano Editora
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